A política é a arte de obter dinheiro dos ricos e votos dos pobres, prometendo proteger um grupo dos outros, já disse Oscar Ameringer, um famoso jornalista e ativista social americano. Esta é uma afirmação muito verdadeira, especialmente se considerarmos a situação atual do Brasil. A política, há muito tempo, deixou de ser uma maneira de governar de acordo com os interesses e necessidades do povo. Em vez disso, tornou-se uma gigantesca máquina de corrupção e um playground para pessoas que buscam poder e influência. Neste contexto, o que significa ser um conservador no Brasil de hoje? Como se articula essa ideia comummente rotulada de reaça?

Para entender melhor o conservadorismo, é importante definir a sua base ideológica. Os conservadores são defensores da ordem social tradicional, geralmente baseada em religião, família e propriedade privada. Eles são resistente a mudanças abruptas e não gostam de experimentos sociais. Em outras palavras, os conservadores tendem a ser cautelosos em relação a mudanças sociais e valorizar as tradições. O que vemos na prática no Brasil é que o conservadorismo rural, normalmente ligado a valores religiosos e moralismo, tem dado lugar a um conservadorismo urbano, crítico a tentativas de engenharia social, principalmente aquelas promovidas pelo estado.

E é nesse contexto que se destaca meu reaça favorito, o chamado reaça raiz da cena conservadora brasileira. Este personagem é geralmente caracterizado como um jovem branco, de classe média alta, cabelos curtos e com uma visão distorcida da realidade e do papel da sociedade na construção do futuro. Ele acredita que a sociedade precisa voltar às raízes e abandonar qualquer tipo de invencionice e mudança. Ele é essencialmente contra as minorias políticas, sobretudo negros e gays, afirmando que o Estado deve defender a família tradicional e a liberdade religiosa de acordo com concepções herdeiras da moral cristã. Os reaças são avessos ao politicamente correto, para eles uma espécie de ditadura da narrativa, criticando acima de tudo a tentativa de politizar qualquer questão, mesmo aquelas que não deveriam ter viés ideológico. Este tipo de conservadorismo tem ganhado cada vez mais espaço no Brasil, principalmente nas redes sociais onde tem circulado páginas e grupos que procuram ter cada vez mais seguidores.

Mas, será que essa visão conservadora realmente condiz com a realidade da sociedade brasileira? Será que as grandes questões do país, como a desigualdade social, a violência e a corrupção, estão realmente sendo abordadas de forma eficaz pelos conservadores? Acredito que a resposta é não. Não há uma fórmula mágica para resolver os problemas do Brasil e, em vez de se concentrar em deportações em massa e fórmulas fáceis de solução, a sociedade brasileira precisa aprender a abordar as questões mais complexas de maneira aberta e inclusiva, o que nem sempre é fácil. Ademais, o conservadorismo extremado, o reaça raiz, muitas vezes se desvia de questões cruciais, como a proteção dos direitos humanos e a liberdade de expressão.

Em última análise, o conservadorismo pode ser uma ideologia valiosa e importante na construção de uma sociedade justa e equilibrada. No entanto, precisamos lembrar que essa ideologia pode ser facilmente manipulada e usada para fins egoístas e de poder. Precisamos aprender a equilibrar o conservadorismo com as necessidades e realidades da sociedade moderna, sempre tentando manter uma visão aberta e inclusiva que leve em conta as complexas interações que determinam a vida humana.

Em resumo, o reaça, personagem do conservadorismo brasileiro, representa uma visão única e extremada da realidade brasileira. No entanto, precisamos abordar as questões mais controversas de maneira inclusiva e equilibrada, para construir uma sociedade justa e equilibrada. O desafio é encontrar o equilíbrio certo entre tradição e modernidade, respeitando a diversidade cultural e a tolerância para com as diferenças.